* Nuno Breda/João Moreira vencem a corrida mais longa do ano
* Paulo Vieira conquista título dos H81-MAX
* Team Squadra triunfa nos H81-1600
Na prova mais longa da temporada do Group 1 Portugal, Nuno Breda e João Moreira conquistaram a sua primeira vitória numa tarde em que houve um pouco de tudo e se ficou a conhecer os vencedores de todas as classes no Autódromo do Estoril.
O dia começou, como é tradição, com a sessão de qualificação, onde Ricardo Pereira impôs o seu Ford Escort RS2000 na classe H81-2000. O preparador-piloto que faz equipa com Carlos Dias Pedro liderou o início da corrida, mas o seu Escort à 18ª volta foi traído pelo motor. Aliás, o motor foi a dor de cabeça dos grandes favoritos à vitória e daqueles que estavam a discutir o título da categoria. Francisco Freitas, que tinha igualmente uma palavra a dizer na luta pelo título e voltou a fazer equipa com Luís Pedro Liberal, desistiu à sétima volta quando rodava no segundo lugar. Paulo Vieira também encontrou problemas semelhantes, mas conseguiu regressar à pista e em esforço acabar a corrida num distante quarto, pontuando e assim conquistando o título dos H81-2000.
Com três dos favoritos à vitória a braços com problemas, a corrida dos Escort RS2000 teve outros intervenientes na frente, foi a dupla Nuno Breda e João Moreira a levarem a melhor após uma corrida em que paulatinamente foram subindo posições, assumindo a liderança a 12 voltas do fim. O último Safety-Car e a chuva não abalaram a confiança da dupla da Breda Motorsport a caminho para um triunfo merecido. Paulo Alves/Rui Ribeiro, passaram pela frente da corrida, e uma penalização por uma ultrapassagem em bandeiras amarelas pode ter comprometido um possível triunfo.
O pódio ficou completo com António Maia e o estreante José Serra, pilotos que já tinham subido este fim de semana ao pódio na Carrera los 80s com o mesmo Escort. Contudo, esta dupla apanhou um susto monumental quando o cabo do pedal da embraiagem saiu do seu lugar e o Escort ficou imobilizado em pista. Após instruções da boxe, Serra desligou o carro, voltou a ligar e regressou às boxes com a segunda mudança engatada para que os seus mecânicos recuperassem o carro.
A classe H81-MAX, cujo troféu já estava entregue a André Castro Pinheiro e Ernesto Vieira, teve um vencedor diferente quando o Jaguar XJS começou a perder potência na última parte da contenda, caindo para o terceiro posto. O quarteto formado por António Pinto dos Santos/Fernando Xavier/Tiago Silva, em BMW 323i, venceu com 36 segundos de vantagem sobre o Ford Capri dos irmãos José e António Fresco.
A classe H81-1600 teve um final dramático. Madalena Gaspar, que voltou a fazer equipa com o seu filho e colega de equipa Fernando M. Gaspar, liderava confortavelmente e bastava-lhe levar o VW Golf GTi MKI da G-Tech ao final para conquistar o título. Porém, um pistão que perdeu compressão ditou o abandono do carro alemão. Rafael Cerveira Pinto/António Liberal, vencedores do ano passado desta mesma corrida, souberam tirar partido do infortúnio alheio e além de vencerem a classe, também celebraram o título. Porém, este resultado esteve próximo de não acontecer, pois um furo já perto do fim, obrigando a uma quarta paragem, colocou que VW Golf GTi MKI do Team Squadra à mercê do segundo classificado. Marcos Ruao e Nuno Pardalejo, no VW Scirocco preparado pela Gianfranco Motorsport, foram a surpresa da prova, ao terminarem no segundo lugar e a menos de dez segundos do carro vencedor da classe. O outro VW Golf, neste caso de Manuel Cabral Menezes, vencedor da classe em 2020, e Manuel Mello Breyner, também acusou problemas e terminou muito atrasado.
Entre “os mais pequeninos”, o Morris Mini de Carlos Aniceto/Carlos Maciel levou a melhor sobre o Peugeot 104ZS dos franceses Jacques Tillos/Frédéric Lariau, ao passo que o SEAT Panda Abarth de Paulo Antunes abandonou.
João Miguel Ribeiro e José Ribeiro levaram o seu Alfa Romeo Giulia Super 1.6 à vitória nos H71-1600, enquanto Luís Sousa Costa e Armindo Correia, no seu Datsun 1200 de preparação Grupo 1, triunfaram na categoria H71-1300. Rui Moura/António Duarte, em VW Golf GTI, foram os melhores na classe H-INV para “convidados”.
Production Cup: Pedro Gordo e Rúben Ferreira vencem mas é Pedro Reis quem faz a festa
Numa prova em que os pontos eram a dobrar, com 41 pontos em cima da mesa, esperava-se uma acesa disputa na competição monomarca que utiliza os Datsun 1200 ex-troféu nacional. Pedro Reis apenas precisou de um terceiro lugar para levar o título para Famalicão.
Alberto Xavier, que ocupava o segundo posto, “reforçou-se” com César Machado, um piloto com currículo internacional, que não deixou créditos por mãos alheias e realizou a pole-position. João Posser, a dupla Pedro Reis/Paulo Costa e Francisco Marrão/Samuel Moura Teixeira ocuparam os lugares seguintes na grelha de partida.
Como se esperava, os Datsun 1200 proporcionaram momentos emocionantes em pista, numa corrida em que as estratégias tiveram um papel importante. No final, a dupla Pedro Gordo/Rúben Ferreira levou a melhor, em mais uma demonstração do crescente de forma do duo da Gordo Racing Team.
César Machado e Alberto Xavier, que estava na luta pelo título, liderou boa parte da corrida e César Machado até conquistou o ponto da melhor volta, mas acabou por deixar escapar o triunfo no período do último Safety-Car, quando o Datsun “Vaca Louca” capotou em “slow motion” na Curva 1. O segundo lugar, obtido já nos momentos finais, acabou por saber a pouco.
Pedro Reis e Paulo Costa nem tiveram que vencer para Pedro Reis conquistar o título da Production Cup, bastou um saboroso terceiro lugar para atingir esse objectivo, após levarem a melhor sobre Luís Santa-Bárbara/Manuel Matos e João Posser.
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