top of page

Florent Cazalot vence corrida frenética do Historic Endurance em Pau

  • Piloto do Lotus Seven repete êxito de 2016

  • Vitórias portuguesas nos H-1971 e H-1976

  • Lotus Elite vence Index de Performance

Os pilotos e equipas do Historic Endurance foram brindados hoje com um belíssimo dia de Primavera nos Pirinéus-Atlânticos e foi neste aprazível cenário que se disputou a primeira das duas corridas do programa do Pau Classic Grand Prix.


O muito público que preencheu as bancadas do Circuit de Pau-Ville assistiu a uma corrida movimentada em todas as cinco classes, por vezes com lutas entre carros de classes distintas, com o local Florent Cazalot (Lotus Seven) a cortar a linha de meta na primeira posição, seguido pelos portugueses Vasco Nina (Porsche 911 2.8 RS) e Joaquim Soares (Lotus Elan).

Com o pelotão formado atrás do “Leading-Car”, o Lotus Seven de Florent Cazalot teve um arranque fulgurante da primeira posição da grelha de partida e chegou confortavelmente à frente na travagem para a curva La Gare. Vencedor neste mesmo palco em 2016, Florent Cazalot aplicou-se a fundo nas voltas iniciais, realizando a volta mais rápida da corrida e construindo uma vantagem de quinze segundos para o pelotão perseguidor, que ao fim de meia dúzia de voltas já era liderado por Savinien Legeleux. Este último ainda reduziu para metade a vantagem do seu adversário, mas o esforço realizado em pista esvaneceu-se na ronda de “pit-stops” obrigatória.



Enquanto Florent Cazalot rumou a um triunfo merecido na classe GTP & SC, o mais novo da família Legeleux em pista controlou à seu bel-prazer a segunda posição na sua corrida. Sem entrarem em excessos, num circuito que não perdoa qualquer demando, João Mira Gomes e Nuno Afoito completaram o pódio da classe com uma corrida esclarecida.

Vasco Nina vence nos H-1976 e Joaquim Soares nos H-1971

Depois de estar entretido boa parte da corrida com o Ford Escort RS 1600 português, Vasco Nina (Porsche 911 2.8 RS) foi o segundo a cortar a linha de meta e com isso triunfou na categoria H-1976. O piloto da Aurora Motorsport viu a sua corrida de 45 minutos interrompida já perto do final para cumprir um “Drive Through”, por ter não ter cumprido na íntegra o handicap de paragem nas boxes, mas o facto de ter realizado uma corrida de elevado nível e consistência, permitiram-lhe manter a posição e vencer na classe H-1976. Paul Daniels (Porsche 911 RSR) terminou no segundo posto.




Estreante nas ruas de Pau, o experiente Joaquim Soares mostrou um andamento muito rápido ao longo da prova, o que lhe permitiu ser o segundo melhor português em pista e vencedor da classe H-1971. O piloto da Maia beneficiou do azar que bateu à porta do Ford Escort RS 1600 de Miguel Ferreira/Francisco Carvalho na derradeira volta. O duo português estava a ser claramente o mais rápido em pista da sua classe, imprimindo um andamento impressionante no final da corrida, conseguindo mesmo aproximar-se do Lotus Seven de Florent Cazalot, mas um cubo de roda partido relegou-os para o segundo posto dos H-1971 ao cair do pano.





Aproveitando o bom conhecimento do circuito, ainda no que respeita aos H-1971, Franck Biraben (Porsche 911 R) terminou no terceiro lugar, beneficiando dos problemas sentidos logo nas voltas iniciais por parte da dupla Domingos Sousa Coutinho/Rui Maia (BMW 2800 CS), que devido a uma passagem suplementar pelas boxes terminaram no sexto lugar.





Os mais pequenos também brilharam

Entre os concorrentes da classe H-1965, o francês Damien Kohler (Lotus Elan), que no início da corrida teve que se defender os ataques do BMW 2800 CS lusitano, acabou por levar a melhor sobre o japonês Katsu Kobota, que teve uma paragem atribulada nas boxes, onde os mecânicos tiveram que reparar a porta do passageiro, e sobre o sueco Per-Ake Forsvall. No entanto, o triunfo de Damien Kohler só foi obtido graças a uma prestação exemplar em pista que lhe permitiu sair incólume de uma penalização de 30 segundos por alegadamente não respeitar o limite de tempo de paragem nas boxes.




Tirando proveito das características deste traçado, o forte ritmo imposto pelo Austin Mini Cooper S de David Barrere/Philippe Quiriere voltou ser motivo de contemplação para os espectadores. O pequeno carro britânico ombreio com viaturas bem mais potentes, alcançando o triunfo na classe GDS - aquela que engloba todas as viaturas equipadas com motores até 1300cc e todos os carros de Turismo até 2000cc. O muito bem preparado MG B Roadster de Paul Rayment/James Wheeler viu a bandeira de xadrez na segunda posição, ao passo que Simon Hutson/Stephen Monk (Porsche 911 Type 901) celebraram uma subida ao terceiro lugar do pódio, após levarem a melhor sobre Michel Mora (Porsche 911 SWB) por meros dois segundos.




No que diz respeito ao restante contigente nacional em pista, Nuno Nunes (Porsche 911 SWB) foi o sétimo dos GDS, enquanto o seu companheiro de equipa na Garagem João Gomes, Piero Dal Maso (Porsche 911 SWB) foi o décimo. Menos sorte tiveram Paulo Rompante (Alfa Romeo Ti Super), que foi forçado a abandonar quando seguia no quarto posto dos GTP & SC, e Francisco Freitas, que partilha um Porsche 356 SC com o espanhol Guillermo Vellasco, que desistiu ainda na volta de formação.


Lotus Elite britânico vence Index de Performance

A vitória no Index Performance, que valoriza a melhor prestação em função da idade, cilindrada e tipo de carro, coube ao Lotus Elite de Robin Ellis. O piloto britânico, que terminou na quinta posição da classe GDS, levou para casa um exemplar do prestigiado relojoeiro suíço Cuervo y Sobriños. Também em Lotus Elite, Robert Ingram e Iain Rowley, que viajaram desde a Austrália para realizar esta prova organizada pela Race Ready, foram os segundos classificados, sendo o terceiro classificado o Austin Mini Cooper S de David Barrere/Philippe Quiriere.




Amanhã a competição que encarna dentro e fora de pista o espírito dos três 3C - “No Crashing, No Cheating, No Complaning” - regressa ao circuito citadino francês para a segunda corrida de 45 minutos.



bottom of page