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Historic Endurance arrancou com boas corridas em Portimão

Updated: Jun 1, 2023

Duas corridas muito disputadas marcaram o arranque da temporada do Iberian Historic Endurance no Algarve Welcome Spring, em Portimão.




Corrida 1: Dia D - De Tomaso vence corrida e Datsun triunfa no Index


No início da tarde de sábado, mais de três dezenas de clássicos de eleição fizeram-se ao asfalto do Autódromo Internacional do Algarve, para disputar a primeira corrida da temporada de 2023 do Iberian Historic Endurance, que teve como vencedor Pedro Bastos Rezende no seu vistoso De Tomaso Pantera.


A qualificação matinal determinou uma ordem da grelha de partida de arregalar o olho. O impressionante De Tomaso Pantera de Pedro Bastos Rezende e o recém-chegado Ford GT40 de Paulo Lima partilharam a primeira linha da grelha de partida, e logo atrás de si tinham o Shelby Cobra Daytona, do duo franco-belga Brice Pineau/Olivier Muytjens, e o Porsche 911 3.0 RS, de Bruno Santos/Cláudio Vieira, ambos alinhados à frente do Porsche 911 2.8 RS de listas azuis e vermelhas, tripulado por Vasco Nina/Mário Meireles, e do potente “convidado” Shelby Cobra Daytona de Miguel Lobo.




A história da corrida iniciou-se com Pedro Bastos Rezende a perder um lugar no arranque para o Ford GT40 de Paulo Lima, mas rapidamente o piloto do De Tomaso recuperou a dianteira, para passar a gerir a sua vantagem, sem forçar a mecânica do carro preparado pela Garagem Aurora. O experiente piloto de corridas de clássicos e GT rumou a uma vitória destacada, repetindo assim o triunfo obtido no ano passado nesta mesma pista, vencendo entre os H-1976.


Mais animada foi a luta pela segunda posição, com Paulo Lima a manter a vice-liderança até ser ultrapassado pela dupla Brice Pineau/Olivier Muytjens à quarta volta. O Shelby Cobra Daytona manteve o lugar até à paragem nas boxes, onde o Porsche de Bruno Santos/Claudio Vieira o suplantou, em direcção a um merecido segundo lugar.


O terceiro carro a ver a bandeira de xadrez foi o esbelto Alfa Romeo Giulia GTAm que Christian Oldendorff conduziu com mestria para vencer entre os H-1971. O pódio da classe foi preenchido por três Alfa Romeo GTAm, com os alemães Bjorn Ebsen e Volker Hichert a superarem Rafael Cerveira Pinto/Carlos Dias Pedro, que estrearam um novo carro saído das oficinas da RP Motorsport, no duelo pela segunda posição.


Quarto a ver a bandeira de xadrez, Paulo Lima celebrou o triunfo na classe GTP & SC, levando a melhor sobre Paulo Rompante (Alfa Romeo Ti Super) e da dupla João Mira Gomes/Nuno Afoito (Lotus Seven).


Divertidissimos com a estreia do seu Shelby no Historic Endurance, Brice Pineau/Olivier Muytjens venceram entre os H-1965, à frente dos Lotus Elan do estreante Carlos Oliveira e do regressado Francisco Albuquerque.


Na classe Gentleman Driver Spirit (GDS), Nuno Nunes destacou-se nos treinos cronometrados e manteve a toada na corrida de 50 minutos. O Porsche 911 SWB cortou a linha de meta à frente do carro igual de Michel Mora. Ao volante do seu inabalável Datsun 1200, um carro muito querido no automobilismo português, João Neves subiu ao terceiro lugar do pódio, num dia memorável para o piloto do carro japonês.





Como é tradição, esta primeira corrida da temporada também premiou o primeiro vencedor do ano do Index de Performance, cuja cerimónia de entrega do troféu, um relógio exclusivo da marca da suíça Cuervos Y Sobrinos ao vencedor, se realizou no dia seguinte. O vencedor desta classificação, que não é o primeiro a cortar a linha de meta, mas sim aquele que executa em pista a melhor prestação em função da idade, cilindrada e tipo de carroceria da viatura em que compete, foi ganha pela primeira vez por José Neves e o seu Datsun. Os Lotus Elan de Carlos Alberto Oliveira e Per-Ake Forsval completaram os lugares de honra desta classificação.





Corrida 2: Dia de confirmações


Após o domínio demonstrado na primeira corrida do fim de semana, Pedro Bastos Rezende era assumidamente o grande favorito para a segunda corrida do programa, papel que atestou com novo triunfo. Contudo, nem tudo foi tão fácil quanto pareceu. O De Tomaso Pantera acusou problemas no arranque, perdendo cinco posições. Aproveitando a fragilidade momentânea do carro italiano, o Porsche 911 3.0 RS da dupla Claudio Vieira/Bruno Santos “saltou" para o primeiro lugar, perseguido pelo Porsche 911 2.8 RS de Vasco Nina/Mário Meireles e pelo Ford GT40 de Paulo Lima, que duas voltas depois começou a perder terreno para os demais para mais tarde abandonar.



Com as lutas animadas que disputavam à sua frente, Bastos Rezende precisou de apenas três voltas para chegar ao segundo lugar e mais duas para suplantar o Porsche 911 3.0 RS verde preparado pela Garagem Aurora dos então líderes. Todavia, devido uma paragem nas boxes mais longa, o De Tomaso viu-se novamente em segundo lugar, e a ter que recuperar tempo para o primeiro classificado.


Numa corrida em que os três primeiros a terminar a corrida foram carros da categoria H-1976, e todos eles preparados pela Garagem Aurora, o De Tomaso voltou a impor-se com um excelente “sprint” final, superando o Porsche 911 3.0 RS, de Claudio Vieira/Bruno Santos, e o 911 2.8 RS da AMA Racing Team, dividido por Vasco Nina e Mário Meireles.



Num fim de semana em que Christian Oldendorff teve a sua melhor prestação no Historic Endurance, o piloto germânico cortou a linha de meta atrás dos três primeiros, triunfando contundentemente entre os H-1971 com o seu Alfa Romeo GTAm. Isto, num pódio novamente monopolizado pelos carros da marca Arese, onde os alemães Bjorn Ebsen e Volker Hichert terminaram à frente da dupla portuguesa Jorge Santos/Alcides Petiz.


Depois de ter estado envolvido nas lutas dos primeiros lugares, com o devido destaque que o Shelby Cobra Daytona merece, o duo franco-belga Brice Pineau/Olivier Muytjens venceu destacadamente nos H-1965, superiorizando-se aos Lotus Elan de Francisco Albuquerque e “P-A” Forsvall.


A corrida dos GDS foi novamente ganha por um Porsche 911 SWB. Desta feira, José Carvalhosa e Piero dal Maso foram os mais fortes, apesar da forte oposição do francês Michel Mora e de Nuno Nunes em carro igual. Por fim, na classe GTP&SC, Paulo Rompante festejou a vitória.


A próxima prova do Historic Endurance decorre nas ruas de Pau, de 19 a 21 de Maio. Este ano, o regresso aos Pirenéus Atlânticos vai ter ainda mais encanto, assim como um outro formato desportivo. Serão quatro corridas, naquele que promete ser uma justa homenagem às históricas “3 Heures de Pau”.



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